Na encosta norte de Mishima central, existe um pequeno grupo de museus e de coisas, que é conhecido por Jardim Clematis. O jardim partilha o espaço com o Museu de Escultura Vangi, tendo este recebido o nome em homenagem a Guiliano Vangi, um escultor italiano vencedor de vários prémios e cujo trabalho está exposto por toda a Itália. O seu trabalho é muito interessante e agradável, e o jardim é um sítio lindo por si próprio, pelo que não precisa de ser um admirador de esculturas para apreciar a visita.
Ao chegar à bilheteira, olhei para cima e vi um lobo em cima de um poste alto, à procura de uma presa (ou clientes). A seguir vi um grande mosaico de um homem e uma mulher numa longa e acolhedora praia, uma imagem relaxante que define mais a frente o tema para o jardim e o museu.
Depois de ter passado o mosaico, encontrei-me no topo de um monte a olhar para uma vista pacífica; um caminho que passa por várias esculturas até uma praça rodeada de árvores de cada lado e colinas no fundo. Segui esse caminho admirando as obras de arte: uma pesada peça abstrata, um homem com cara de pateta a caminhar por uma floresta de postes de metal, um tapete de flores.
A praça deu-me uma ótima vista sobre o jardim onde havia mais esculturas, algumas delas agradavelmente divertidas. No fim, está um homem atrapalhado sobre um muro, como um desenho animado a tentar desesperadamente fugir de um cão raivoso; no edifício do museu há um homem pressionando-se contra o vidro, olhando para nós como nós olhávamos para ele.
Fui da praça para o edifício, desci uns degraus, passei por uma escultura de uma mulher com um longo casaco e segui para as principais salas de exposição. Duas delas foram entregues para uma exposição especial de um artista japonês chamado Kishio Suga, que preencheu os espaços com madeira cortada e corda esticada a partir de uma estutura de metal, criando padrões geométricos que mudavam à medida que passava por eles. As outras salas tinham mais esculturas de Vangi, com uma luz suave e bastante espaço para criar uma atmosfera calma: um homem num robe roxo vivo, uma cara à espreita por um tubo, duas cabeças sem corpo presas num beijo.
Fui depois para o jardim principal, agradavelmente arranjado com suaves declives e muita vegetação. Havia mais esculturas por aqui, entre elas um homem a espreitar no topo do edifício do museu, assim como um lago com um reflexo atraente e um arvoredo de flores com um café que presumo estar aberto no verão. É um sitio agradável para passear com calma, e há cadeiras e bancos onde será bom sentar e descontrair a observar a paisagem, quando eu regressar num dia de menos vento.
Enquanto aqui estiver, há outros dois museus para apreciar, assim como um restaurante e um café, lojas de lembranças, flores e livros. Existe muito estacionamento, mas se não tiver transporte próprio, um autocarro gratuito passa regularmente durante o dia na paragem 3 na saída norte da estação de Mishima. No entanto, se decidir vir aqui, definitivamente vale a pena.